Wednesday, February 13, 2008

Finding Marialand

Não sei quem foi que me disse, que fez tamanha tolice, hoje e não no passado...mas quem foi não fazia ideia, de quem tinha à sua beira. Coitado!

Ouvi que se chama Maria, bela, alta e esguia, fera de muito encanto...sedutora endiabrada, qual princesa encantada que a todos deixava num pranto.

Quando dei por mim (pelos pensamentos sem fim), entrara no labirinto dos oito pecados: tinha ira por a invejar, gula de a copiar, soberba (pela preguiça de me esforçar) e avareza, por imaginar-me capaz de sentir a luxúria que se alcança quando se é...a Maria.

O processo de metamorfose continuou, e neste dia aqui estou: exposta, por provar o Fruto Proibido. A maçã avermelhada mostrou-se assim envenenada e a magnífica pérola tornou-me menos do que incrédula por acreditar na boca do povo.E não é que a fascinante senhora se mostrou uma cigana, uma rapariga num bairro de origem africana, mais limpa que um chão bem polido?!

Onde estava a tigreza? Essa infame beleza que matava o homem pelo coração...Enfim, desvanecera, sem existir aqui e então.No fim, em vez da femme fatal que não quer ninguém(e não conhece quem a não queira), conhecera Maria João Quaresma, minha conselheira, uma encantadora criançota, que de sujo não tinha mais do que viver na aldeia da Porcalhota.