Pela estrada da vida andava ele,
Queimado pelo fogo das armas pretas da liberdade
Iluminado pelo sol abrasador que o conduzira
Ao local onde amadureceria o fruto, a tenra idade
Pela estrada fora andara ele,
Sua bengala era a pedra de Polegar,
O fiel pau que conduz
O Ceptro que o ordenaria soldado
Que faria de si guerreiro da Luz...
Chegou, chegara...
Os seus olhos eram mapa da dureza das calçadas
O seu nariz mostrava a montanha de quem caminha para Maomé
A sua boca exprimia trabalho e humildade
De quem desejava somente “triguinhos” do Sr. Zé
Falo de um traidor,
Do maior ladrão do Côa,
Que roubou o nosso coração e deixou nada mais que a saudade
De um deus do vinho, do filho de Cabral,
De Dionisio, o homem de tenra idade,
Que com vergonha nos presenteava com os seus cantos
Do peregrino de um caminho longo,
Que para trás acabou por deixar a criança dos dentes brancos
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1 comment:
Subtil, simples e estupidamente belo. (belo soa muito mal, mas não encontro um sinónimo decente)
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