Sou o Mito,
O nada que é tudo de Pessoa,
A pessoa que não sou,
Alguém que se perde para que a realidade não doa,
O ser, o sonho de outros, que voou
Apanhei-o...
Admito
Sou o Ego,
O eu Maior que os outros
“Alguém discorda? Recorremos a votações”
(Menosprezamos as objecções)
Venci,
Sou Superior a tudo, Superior a todos
Admito
Sou a Esperança,
A Cura da dor que consome, a Dor que liberta
O Cigarro vicioso,
O Comprimido luminoso, que para o Fim nos desperta
Sou o D. por que aguarda o aflito,
Uma Alucinada...
Admito
Sou o Medo,
O terror que conduz e consome,
A Chama que chama, que existe por não ser finda,
O fogo frio que arde ainda;
O Receio do ataque, o Ataque da defesa, o Resultado da firmeza.
Tremendo...
Admito
O que admito, sou-o
O que sou, divirto-me sendo
Pois que o Mito, o Ego, a Esperança e o Medo
São realidades (serão realidades?) que não compreendo
Se sei o que sou, não sei o que escrevo
E isso, admito
Monday, March 26, 2007
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1 comment:
Para quem não tinha jeito para escrever... A mim cheira-me a falta de paciência.
Deixa estar, ela vem com o tempo.
Não sei se achas que fica muito sobrecarregado, mas o título mais óbvio é "Admito". Parece-me bem.
Por favor escreve mais. A sério.
Beijinhos*
(and I told you I'd come here...)
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